TAPIOCA= retirado do fundo
Tapioca
(guarani) é literalmente Tirar do Fundo. A tecnologia digital do
cotidiano
re-significa a prática humana da sociabilidade onde a idéia de distância
e troca possibilitam novos contatos. Sendo assim Porto Alegre, Belo
Horizonte e Berlim, ou qualquer local do mundo, estão próximas,
mostrando que podemos buscar nossos parceiros em qualquer parte e
entender que o corpo necessita estar muito disponível para este
encontro. O que temos em comum? Que Corpo
é este? Lembro dos Kaigang (O outro) como um estranhamento e um impulso
para
conectar. Tirar do fundo ou TAPIOCA (patrimônio imaterial da humanidade)
é
neste projeto “Cavar”, extrair e reunir em um banquete de relações as
coisas
boas deste mundo que nos revelam, que nos constituem e que nos habitam
permeadas pelas questões digitais.
O desequilibrio ( movimentoemfalso) acontece a todo instante para que o corpo ( mundo) se mova.
A
partir da musica de Chico César, De uns tempos pra cá, começamos a questionar
sobre toda a “tralha” que carregamos e que nos forma. Esta musica moveu nossos
corpos sobre origem e cultura. Explorar este caldo, conectar corpos e culturas,
trazer a tona através da dança, revelar nossas origens, história e cruzamento com
tantos sentimentos de nação, cotidiano e contemporaneidade é possibilitar
pensar sobre a idéia de folclore e tradição onde em muitas vezes não nos vemos.
O uso das redes sociais é neste caso o elemento chave de ligação responsável
por esta “GOMA” que aglutina estes muitos encontros e re-descobertas. Velho e
novo, táctil e virtual, distante e próximo se colocam como novos paradigmas no
mundo. Este trabalho é uma celebração das coisas que nos completam, daquilo que
fazemos parte, de novos encontros e novos cruzamentos. E assim buscarmos no
mais fundo de nós o que temos de melhor